The “babassu-nut breaker” identity as a symbol of belonging within palmland territorialization

Authors

Keywords:

Médio Mearim, Peasantry, Babaçu Livre, Rural women, Gender

Abstract

Gender and territory are intertwined in the debate on social power relations, being fun- damental concepts for understanding the reality of the Brazilian peasantry. This article reflects on the processes of territorialization of women's organizations of babassu-nut breakers based on their practices and agreements for access, use and management of babassu palms in the Médio Mearim territory, Maranhão state. The article highlights the connection between studies of gender and the peasantry based on the reality of the work of babassu-nut breakers, as well as discusses develop- ments in the application of the Free Babassu Law in the territoriality of women and their struggle for enhancing the value of gathering and breaking babassu. The study concluded that practices and access and use agreements in the context related to babassu management result in the construction of a territory in which territoriality is marked by power relations. In addition, the study concluded that the trajectory of babassu-nut breakers indicates that reterritorializing unequal fields from a gender perspective is the most important step to build more effective public policies, since social inequality in the countryside will only be overcome if gender inequality is subdued.

References

Adonásio, J. M., Soffer, O., & Page, J. (2009). Sexo invisível: o verdadeiro papel da mulher na préhistória. Record.

Ahn, E. D. F.; Santos, G. R. D.; Rodrigues, S. M. Da R. (2020). Economia feminista e as mulheres camponesas. In I. Conte, M. Calaça, N. W. Taborda, A. M. Mezadri, J. I. Cima, N. W. Taborda, S. A. K. Gaspareto, & Z. Collet (Eds.), Feminismo Camponês Popular. Reflexões a partir de experiências no Movimento de Mulheres Camponesas (pp. 133-144). Expressão Popular.

Araújo Junior, M. E. D., Dmitruk, E. J., & Moura, J. C. D. C. (2014). A Lei do Babaçu Livre: uma estratégia para a regulamentação e a proteção da atividade das quebradeiras de coco no Estado do Maranhão. Sequência (Florianópolis), 129–157. https://doi.org/10.5007/2177-7055.2013v35n68p129

Barbosa, V. D. O. (2013). Participação feminina e resistência camponesa no Maranhão do século XX. D. P. Neves, & L. S. Medeiros (Eds.), Mulheres camponesas: trabalho produtivo e engajamentos políticos (283-301). Editora Alternativa. Bartaburu, X. (2018) Quebradeiras de coco babaçu: Barradas ao tentar entrar nas fazendas onde fazem a colheita tradicional do coco, maranhenses discutem território. Repórter Brasil. https://encurtador.com.br/hsNSX

Bobbio, N., Matteucci, N., & Pasquino, G. (1995). Dicionário de política. EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Censo. (2022). Gov.br. Recuperado 20 de setembro de 2023, de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/22827-censo-demografico-2022.html?=&t=resultados

Chizzotti, A. (2003). A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revistas Portuguesa de Educação, 16, 221–236.

Conte, I.; Calaça, M.; Taborda, N. W. (2020). Divisão Sexual do Trabalho. In I. Conte, M. Calaça, N. W. Taborda, A. M. Mezadri, J. I. Cima, N. W. Taborda, S. A. K. Gaspareto, & Z. Collet (Eds.), Feminismo Camponês Popular. Reflexões a partir de experiências no Movimento de Mulheres Camponesas (pp. 123-132). Expressão Popular.

Cornwall, A. (2018). Além do “Empoderamento Light”: empoderamento feminino, desenvolvimento neoliberal e justiça global. Cadernos Pagu, (52), 1-33. https://doi.org/10.1590/18094449201800520002

Costa, A. A. (2004). Gênero, poder e empoderamento das mulheres: a química das mulheres. Disponível em: http://www.reprolatina.institucional.ws/site/respositorio/materiais_apoio/textos_de_apoio/Genero_poder_e_empoderamento_das_mulheres.pdf

Fabrini, J. E. (2011). Território, classe e movimentos sociais no campo. Revista da ANPEGE, 7(07), 97–112. https://doi.org/10.5418/ra2011.0707.0007

Fernandes, B. M. (2008). O MST e as reformas agrárias do Brasil. Boletim Data Luta, 1-10.

Fernandes, B. M. (2012). Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera, (6), 24-34.

Fraser, N. (2003). O que é crítico na teoria crítica? Habermas e gênero. Ex æquo - Revista da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, (8), 57–89.

Haesbaert, R. (2020). Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais. GEOgraphia, 22(48), 75–90.

Harvey, D. (1973). Social Justice and the City. University of Georgia Press.

Herrera, K. M. (2016). Da Invisibilidade ao Reconhecimento: mulheres rurais, trabalho produtivo, doméstico e de care. Política & Sociedade, (15), 208–233. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15nesp1p208

Leff, E. (2015). Political ecology: A Latin American perspective. Desenvolvimento e meio ambiente, (35) 29–64. https://doi.org/10.5380/dma.v35i0.44381

Lima Neto, E. J. D. (2007). O associativismo em áreas de babaçuais: a experiência das organizações de trabalhadores rurais do Município de Lago do Junco-MA associadas à ASSEMA [Dissertação de Mestre]. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Maldonado-Torres, N. (2007). Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In S. Castro-Gómez, R. Grosfoguel, (Eds.), El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 127–167). Instituto Pensar, Pontificia Universidad Javeriana/Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Universidad Central/Siglo del Hombre Editores.

Martin, J. Y., & Fernandes, B. M. (2004). Movimento socioterritorial e “globalização”: algumas reflexões a partir do caso do MST. Lutas Sociais, (11/12), 173–185.

Paulilo, M. I. S. (1987). O peso do trabalho leve. Revista Ciência Hoje, 5(28), 64–70.

Porro, N. S. M. (2002). Rupture and resistance: gender relations and life trajectories in the babaçu palm forests of Brazil. University of Florida.

Porto-Gonçalves, C. W. (2006). De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência Latino-americana. GEOgraphia, 8 (16), 41–55.

Quijano, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. (2005). In: E. Lander, (Ed.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas (pp. 107–130). CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Conselho Latino-americano de Ciências Sociais.

Raffestin, C. (1993) Por uma geografia do poder. Ática.

Rui, S. L. (2020). Gênero, empoderamento e território: construindo relações e estabelecendo perspectivas teóricas. Geografia em Atos (Online), 1(16), 45–60.

Saffioti, H. I. (2013). A Mulher na Sociedade de Classes: Mito e Realidade (3a ed.). Expressão Popular.

Saquet, M. A. (2007). As diferentes abordagens do território e a apreensão do movimento e da (i) materialidade. Geosul, Florianópolis, 22(43), 55–76.

Saquet, M. A. (2015) Por uma geografia das territorialidades e das temporalidades: uma concepção multidimensional voltada para a cooperação e para o desenvolvimento territorial (2. ed.). Consequência.

Scott, J. W.; Louro, G. L.; & Silva, T. T. D. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica de Joan Scott. Educação & realidade, 20(2), 71–99.

Silva, M. A. M. De colona a bóia-fria. (2004). In M. Del Priore & C. B. Bassanezi (Eds.), História das mulheres no Brasil (pp. 554–577). Contexto.

Sorj, B.; Fontes, A. (2010). Políticas públicas e a articulação entre trabalho e família: comparações inter-regionais. In: Faria, N.; Moreno, R. (Eds.), Cuidado, trabalho e autonomia das mulheres (pp. 57–74). SOF.

Souza, M. J. L. (1995). O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In. Castro, I. E.; Gomes, P. C. C.; Corrêa, R. L. (Eds.) Geografia: conceitos e temas (pp. 77–116). Bertrand Brasil.

Souza, M. L. D. (2013). Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Bertrand Brasil.

Souza, M. L. D. (2021). Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Bertrand Brasil.

Vaz Costa, D., & de Oliveira Bringel, F. (2020). A luta pela terra e as políticas públicas territoriais no espaço agrário amazônico: uma reflexão a partir do assentamento Mártires de Abril em Belém. Revista del CESLA: International Latin American Studies Review, (25), 123–149. https://doi.org/10.36551/2081-1160.2020.25.123-149

Published

2023-12-31