Disparidades regionais e planejamento regional no Brasil
Palabras clave:
Disparidades regionais, Índice de Desenvolvimento Humano, planejamento regional, fragmentação regional, estrutura espacialResumen
Até a atualidade, o Brasil é um dos países do mundo com as maiores desigualdades nos setores social, sócio-econômico e sobretudo regional. O país é a décima economia mundial mas não conseguiu, até então, minimizar decisivamente os contrastes sociais, urbano-rurais e regionais. Recentemente registrou-se melhora dos indicadores, mas a globalização pode agravar a exclusão social e as disparidades inter e intra-regionais. As Grandes Regiões Sudeste – o motor da industrialização – e o Sul, marcado pelos imigrantes europeus e condições sociais relativamente sólidas, lideram em quase todos os setores, enquanto o Nordeste, sobretudo os Estados Maranhão, Alagoas e Piauí, apresentam pobreza excessiva e enormes déficits de infraestrutura. No desenvolvimento regional continuam a existir ―quatro Brasis‖: Sudeste/ Sul, Centrooeste, Nordeste e Norte (Amazônia). Sudeste e Sul formam o ―primeiro Brasil‖, que faz do país um global player. O Centro-Oeste é a região de maior ascensão devido ao avanço do agrobusiness no plantio da soja. O Norte, a região da Amazônia, encontra-se hoje entre incorporação rápida no espaço econômico nacional e uma política regional, que deve proteger tanto a população indígena quanto a biodiversidade das florestas tropicais. Apesar de todas as medidas de planejamento regional do governo, o Nordeste é considerado o ―quarto‖ Brasil devido ao clientelismo e às condições desiguais de propriedade, tornando-se perdedor da globalização.
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