O clero reformador e as associações leigas na Bahia (1893-1924)

Autores/as

  • Edilece SOUZA COUTO Universidade Federal da Bahia, UFBA (Brasil)

Palabras clave:

Brasil, Salvador (BA), catolicismo, arcebispado, associações leigas

Resumen

Entre 1893 e 1924 o arcebispo de Salvador – BA, dom Jerônimo Tomé da Silva, entusiasta da modernização do Brasil e também defensor da ortodoxia católica, queria normatizar as devoções e festas em consonância com as constituições e códigos canônicos. Os leigos, nas irmandades e ordens terceiras, por meio de negociações e resistências às novas regras, buscavam manter suas atividades sem interferência clerical. O artigo identifica e analisa as estratégias e táticas utilizadas por clérigos e leigos para a adaptação às inovações do século XX, principalmente às novas normas que poderiam ocasionar mudanças nas práticas e rituais católicos.

Biografía del autor/a

Edilece SOUZA COUTO, Universidade Federal da Bahia, UFBA (Brasil)

Pós-Doc (07/2016-06/2017) no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá; Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista, campus de Assis-SP; Professora do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia – UFBA (Brasil).

Citas

• Certeau, M. de (1998). A invenção do cotidiano. (1), Artes de fazer. Petrópolis – RJ: Vozes.
• Couto Edilece, S. (2010). Tempo de festas: homenagens a Santa Bárbara, Nossa Senhora da Conceição e Sant’Ana em Salvador (1860-1940). Salvador – BA: EDUFBA.
• Couto Edilece, S. (2015). Festas afro-católicas em Salvador, Bahia, Brasil. Revista del CESLA, (18), 117-142.
• Couto Edilece, S. (2016, setembro/dezembro). O arcebispo reformador e os irmãos leigos: notas da biografia de Dom Jerônimo Tomé da Silva. Revista Brasileira de História das Religiões, IX (26), 85-100.
• Farias, S. (1997). Irmãos de cor, de caridade e de crença: a Irmandade do Rosário do Pelourinho na Bahia: séc. XIX. Dissertação (Mestrado em História). Salvador – BA: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Universidade Federal da Bahia – UFBA.
• Gigante, J. (1955). Instituições de Direito Canônico. Braga: Editorial Scientia & Ars Editorial.
• Jesus, L. de (2014). “Ventos venenosos”: o catolicismo diante da inserção do protestantismo e do espiritismo na Bahia durante o arcebispado de Dom Manoel Joaquim da Silveira (1862-1874). Dissertação (Mestrado em História). Salvador – BA: Faculdade de Fi-losofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia – UFBA.
• Leite, R. (1996). E a Bahia civiliza-se: ideias de civilização e cenas de anticivilidade em um contexto de modernização urbana, Salvador, 1912-1916. Dissertação (Mestrado em História). Salvador – BA: Universidade Federal da Bahia – UFBA.
• Pinheiro, E. (2011). Intervenções na Freguesia da Sé, 1850-1920, In: H. Gama, J. Nascimento (orgs.). A urbanização de Salvador em três tempos: Colônia, Império e República, Salvador: IGHB, (1), 131-173.
• Rodrigues, Anna. (1981). A Igreja na República. Brasília – DF: Editora da UNB.
• Santirocchi, Í. (2010, agosto/dezembro). Uma questão de revisão de conceitos: Romanização – Ultramontanismo – Reforma. Temporalidades – Revista Discente do Programa de Pós-graduação em História da UFMG, 2 (2).
• Seixas, M. (2011). Igreja Presbiteriana no Brasil e na Bahia: instituição, imprensa e cotidiano (1872-1900). Dissertação (Mestrado em História). Salvador – BA: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia – UFBA.
• Wernet, A. (1987). A Igreja paulista no século XIX. São Paulo – SP: Ática.

Fontes

• Bahia e Consistório da Irmandade do S. S. e Sant’Anna (1928, julho 12). Salvador – BA: Arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador/Laboratório Eugênio Veiga.
• Compromisso da Confraria do Senhor Bom Jesus da Cruz feito em 1874 (1914, outubro 11). Salvador – BA: Typographia Liberty, Arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador (ACMS) – Laboratório Eugênio Veiga (LEV).
• Compromisso da Irmandade do Glorioso São José (1932, abril 2). Salvador – BA: Arqui-vo da Cúria Metropolitana de Salvador (ACMS) – Laboratório Eugênio Veiga (LEV).
• Diário de Notícias (1913, abril 14). Salvador – BA: Biblioteca Pública do Estado da Bahia – BPEB, Seção de periódicos.
• Ofício da Irmandade de Santa Cecília ao bispo auxiliar dom Manuel dos Santos Pereira (1891, junho 17). Salvador – BA: Arquivo da Cúria Metropolitana de Salva-dor/Laboratório Eugênio Veiga, Pasta de Correspondências do Arcebispado da Bahia com as Irmandades, Confrarias e Ordens Terceiras.
• Revista Eclesiástica (1914). Salvador – BA: Arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador (ACMS) – Laboratório Eugênio Veiga (LEV).
• Pacheco, F. (1894). Ofício da Venerável Ordem Terceira de S. Domingos de Gusmão (1894, maio 9). Arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador/Laboratório Eugênio Veiga, Livro de Correspondência do Arcebispado 2.
• Silva. A. (2000). Venerável Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão (1927, maio 14). Arquivo Público do Estado da Bahia, Catálogo das Irmandades, Ordens Terceiras e Confrarias.

Descargas

Publicado

2017-12-30

Número

Sección

Artículos