“Eva continua vencendo...”: intelectuais europeias no Brasil em tempos de totalitarismos
Palabras clave:
Aniela Meyer-Ginsberg, Helena Antipoff, Olga Obry, história cultural, intelectuais refugiadas, totalitarismoResumen
Este artigo busca retratar parte das trajetórias de quatro mulheres profissionais que, nas primeiras décadas do século XX, emigraram para o Brasil escapando dos experimentos totalitários que assolavam o continente europeu. A partir de fragmentos das histórias de vida das psicólogas Bettina Katzenstein, Aniela Meyer-Ginsberg e Helena Antipoff, como também a da jornalista Olga Obry, o estudo busca lançar um olhar não somente sobre os encontros internos ao grupo de exilados no país mas também examinar suas interações com figuras nacionais que, cientes das contribuições que elas aportariam, acolheram suas experiências, uniram-nas às dinâmicas locais em curso e, como resultado, novos cenários surgiram e novos impulsos foram alavancados os quais até hoje sobressaem por meio da permanência de ideias e práticas iniciadas naqueles anos. Ao mesmo tempo, os esforços da análise orientam-se a traçar um breve panorama tanto das origens quanto dos obstáculos que as protagonistas foram obrigadas a enfrentar em seus respectivos países, as perdas sofridas, mas também suas conquistas em novo solo.
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