Entre a etnografia e a história oral: uma proposta empírica etnobiográfica

Autores/as

  • Maria Cristina DADALTO Universidade Federal do Espírito Santo
  • Patrícia PEREIRA PAVESI Universidade Federal do Espírito Santo

Palabras clave:

Etnobiografia, história de vida, etnografia, mobilidade humana, circularidade

Resumen

Este artigo se apresenta como uma possibilidade de discussão e negociação no processo de produção e escritura na pesquisa sobre mobilidade humana numa perspectiva multidisciplinar associando dois métodos de pesquisa: a história de vida e a Etnografia, na constituição da Etnobiografia. Propõe ampliar o debate e imprimir novos ritmos e tonalidades às investigações de caráter interdisciplinar em torno dos fenômenos mobilidade e migração. Tem como referência de sistematização empírica o processo de investigação com uma migrante brasileira que partiu muito jovem para o Japão, tentou retornar para o Brasil por duas vezes, e, por fim, depois de 15 anos vivendo naquele país, fez o processo de retorno definitivo após experienciar o trauma do sismo e do tsunami ocorridos 2011.

Biografía del autor/a

Maria Cristina DADALTO, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em História. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais

Patrícia PEREIRA PAVESI, Universidade Federal do Espírito Santo

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais

Citas

Ainsa, F. (1982). Utopie, terre promise, émigration et exil. trad. Mónica Correa & Marcel Cohen, Diogène, (119), 52-68.

Abu-Lughod, L., Lutz, C. (1990). Language and politics emotion. Cambridge: Cambridge Uni-versity Press.

Benjamin, W. (1989). Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasili-ense.

Bourdieu, P. (1999). A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 9:15.

Bruner, J., Weisser, S. (1997). A invenção do ser: a autobiografia e suas formas. En: Cultura es-crita e oralidade. São Paulo: Ática, 141-161.

Candau, J. (2011). Memória e identidade. São Paulo: Ed. Contexto.

Cândido, A. (1968). O personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva.

Clifford, J., Marcus, G. (1986). Writing culture: The Poetics and Politics of Ethnography. Berke-ley: University of California Press.

Donnan, H., Wilson, T. (1999). Borders. Frontiers of identity, nation and state. Oxford and New York: Berg.

Favret-Saada, D.J. (2005). Ser afetado. Cadernos de Campo, 13(2316-9133), 155, 161. https://doi.org/Cuadernos de campo.

Geertz, C. (2004). Obras e vidas: o antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Ferrarotti, F. (2007). Las historias de vida como método. Convergencia, (44):15-40.

Gonçalves, M. A., Marques, R., Cardoso, V. (2012). Introdução. En: Etnobiografia: subjetivação e etnografia. Rio de Janeiro: 7 Letras, 9-18.

Gonçalves, M. A. (2012). Etnobiografia: biografia e etnografia ou como se encontram pessoas e personagens. En: Etnobiografia: subjetivação e etnografia. Rio de Janeiro: 7 Letras, 19-42.

Grimson, A. (2006). Cultures are more hybrid than identifications: a dialogue on borders from the southern cone. Latino Studies, (4), 96-119.

Hannerz, U. (1997). Fluxos, fronteiras, híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional. Mana, 3 (1): 7-39.

Heyman, J. (1994). The Mexican-United States Border in Anthropology: A Critique and Refor-mulation. Journal of Political Ecology, 1 (1), 43-65.

Heyman, J.; Cunningham, H. (2004). Introduction: mobilities and enclosures at borders. Identi-ties: Global Studies in Culture and Power, (11), 3, 289-302. http://dx.doi.org/10.1080/10702890490493509.

Lechner, E. (2018). Migrants’ Lives Matter: Biographical Research, Recognition and Social Par-ticipation. Contemporary Social Science. Journal of the Academy of Social Sciences, 1-16. https://doi.org/10.1080/21582041.2018.1463449.

Marcus, G. (1994). O que Vem (logo) Depois do “Pós”: o Caso da Etnografia. Revista de Antro-pologia, (37): 7-34.

Meihy, J.C.S.B.; Holanda, F. (2017). História oral: como fazer, como pensar. São Paulo: Contex-to.

Mizrahi, M. (2012). Mr. Catra: cultura, criatividade e individualidade no Funk Carioca. En: Et-nobiografia: subjetivação e etnografia. Rio de Janeiro: 7 Letras,109-136.

MacIntyre, A.C. (1984). After Virtue: A Study in Moral Theory. Notre Dame, Ind: University of Notre Dame Press.

Nichols, B. (1991). Representing Reality: Issues and Concepts in Documentary. Bloomington: Indiana University Press.

Pollak, M. (1989). Memória, Esquecimento, silêncio. Estudos históricos, 2 (3), 3-15.

Portelli, A. (2010). Sempre existe uma barreira: a arte multivocal da história oral. En: Ensaios de História Oral. São Paulo: Letra e Voz, 19-36.

Portelli, A. (1996). A Filosofia e os Fatos: Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, 1 (2), 59-72.

Sahlins, M. (1997). O “pessimismo sentimental” e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (parte II). Mana, 3 (2), 103-150. http://www.scielo.br/pdf/mana/v3n2/2442.pdf.

Thompson, P. (2002). História oral e contemporaneidade. Revista História Oral, (5), 9-28.

Thomson, A. (2002). Histórias (co) movedoras: História Oral e estudos de migração. Revista Brasileira de História, 22 (44), 341-364.

Wagner, R. (2010). A invenção da cultura. São Paulo: Cosac-Naify.

Descargas

Publicado

2018-12-31