Um pedido de perdão oficial e o Xangô Rezado Alto: Apropriações da memória e estratégias retóricas no Centenário do Quebra de 1912

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Palabras clave:

cultos afro-brasileiros, “Operação Xangô”, “Xangô rezado Alto”, estado

Resumen

Este artigo discute a relação entre a política e a religião no contexto específico do evento denominado Xangô Rezado Alto, ocorrido em Maceió (AL) em fevereiro de 2012, para marcar os cem anos do acontecimento dramático que ficou conhecido no local como o “Quebra de 1912”, o qual, por sua vez, consistiu na invasão das principais casas de culto de matriz africana no estado alagoano.   A celebração do centenário da “Operação xangô” outro nome pelo qual ficou conhecida a devassa aos terreiros afro-alagoanos em 1912, começou com cortejo realizado por integrantes dos principais terreiros locais pelas ruas centrais de Maceió e culminou com o “pedido de perdão oficial”, protagonizado pelo então governador do estado.

A comemoração teve impacto imediato sobre as comunidades de santo envolvidas na celebração, dada a visibilidade pública obtida por seus participantes durante a realização do cortejo e em todas as demais atividades que integraram a programação do evento, porém, durante a realização das comemorações o ato oficial promovido pelo governador ocupa posição destacada nos ritos celebrativos. Este ponto de vista é aqui defendido através das narrativas impressas e imagéticas produzidas por ocasião desse evento.

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Publicado

2020-12-31