A queda de um dos muros: os impérios também perecem (um pouco de geografia, de história, e conjuntura atual)

Autores

  • Paulo-Edgar ALMEIDA RESENDE Pontifìcia Universidade Católica de São Paulo (Brasil)

Palavras-chave:

Andrzej Dembicz, Europa Centro-Oriental, Muro de Berlim

Resumo

O presente texto é introduzido com homenagem a André Dembicz, respeitável scholar, que manteve constante intercâmbio com centros universitários da América Latina e com instituições internacionais, voltadas para a América Latina. Sem abrigar estereótipos eurocêntricos de mundo, Dembicz faz parte de seleto grupo de intelectuais, que valoriza o cruzamento de análises de acadêmicos latino-americanos com colegas da Europa Centro-Oriental. Encontrei no CESLA, por ele dirigido, espaço de reflexão sobre a transição de sociedade regida pelo Plano e partida únicos, para sociedade regida pela economia de mercado e que experimenta o pluripartidarismo. É com tal débito, que elaborei o presente texto em homenagem a André Dembicz. Reflito diante dos destroços do muro de Berlim. A grande questão é interpretar sua queda. Há muitas interrogações. Foram retirados todos os escombros? O que se construiu no lugar: um só mundo, em que antigos rivais se engajam em parceria, em grande negociação? Ou dois outros mundos? No caso especìfico da Europa Centro-Oriental, foco principal do presente texto, o que resultou do reatamento das relações com a Europa Ocidental? No atual processo de alargamento, para onde estão indo os Paìses da Europa Central e Oriental (PECO: Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Lituânia, Letônia, Estônia, Hungria, Bulgária, Romênia)? São simples coadjuvantes ou protagonistas fundamentais? Vou refletir a respeito destas candentes questões.

Publicado

2010-12-13

Edição

Seção

Articles