A “viagem da volta”: O ensino da língua e a territorialização nas aldeias Sede e Ytuaçu da Terra Indígena Alto Rio Guamá - Pará

Autores

Palavras-chave:

Amazônia, povo Tenetehar, territorialização, língua, identidade

Resumo

O presente estudo busca compreender em que medida o processo de inserção da Língua Tembé na aldeia Sede, da Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG), impulsionou, entre os Tembé, outros mecanismos políticos por meio dos quais esse povo acionou a memória histórica de contato e os saberes dos mais velhos. Assim, a metodologia pauta-se na pesquisa etnográfica por meio de trabalho de campo e entrevistas abertas, o que nos permitiu maior aproximação das experiências. Ao final, constatou-se que o processo de retomada da língua Tembé está diretamente vinculado aos processos de territorialização dos Tembé, os quais ocorreram por meio de ajuda mútua e solidariedade com os Tembé do Gurupi, bem como pelo incentivo e inserção do ensino da língua indígena Tembé nas escolas, movimentos engendrados como estratégias de autoafirmação da indianidade Tembé e do território Tenetehar.

Biografia do Autor

Vanderlúcia da Silva Ponte, Universidade Federal do Pará

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Pará (2014). Professora da Faculdade de História, do Programa de Pós-graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia (PPLSA) /UFPA - Campus Bragança e do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar Indígena (PPGEI) /UEPA/UFPA/UFOPA/UNIFESPA. Tem experiência na área de História e Antropologia, com ênfase em etnohistória e etnologia indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: História indígena e do indigenismo; etnicidade; saberes; saúde; corpo; e territorialidade.

Jaqueline dos Santos Souza, Universidade Federal do Pará

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia (PPLSA) /UFPA - Campus Bragança. Especialista em Educação e Interculturalidade na Amazônia pela Universidade Federal do Pará (2019). Tem interesse de pesquisa em Línguas Indígenas Tupi-Guarani, especificamente a Língua Tembé.

Tabita Fernandes da Silva, Universidade Federal do Pará

Doutora em Linguística pela Universidade de Brasília (2010). Professora da Faculdade de Letras da UFPA e do Programa de Pós-graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia (PPLSA) /UFPA - Campus de Bragança. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Linguística Histórica e Línguas em Contato, atuando principalmente nos seguintes temas: variação, mudança linguistica e contato linguistico. Desenvolve pesquisa em comunidades indígenas, especificamente línguas da família Tupí- Guarani.

Maria Roseane Corrêa Pinto Lima, Universidade Federal do Pará

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (2013). Professora da Faculdade de História e do Programa de Pós-graduação em Ensino de História (PROFHISTÓRIA) /UFPA - Campus Ananindeua. Vice-Coordenadora do Campus de Bragança/UFPA.Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Amazônia, atuando principalmente nos seguintes temas: história dos negros, barbadianos no Pará, identidade, trabalho, imigração, escravidão, racismo, educação e ensino de História.

Bewãri Tembé, Escola Indígena Félix Tembé

Indígena do povo Tenetehar-tembé. Professor de Língua Indígena nas aldeias do Guamá (Sede, Pinawá e Ytuaçu). Responsável pela organização dos eventos culturais da aldeia Sede.

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Publicado

2022-12-31